Victor Gentilli defende memorial para professor titular nesta sexta

Nesta sexta-feira, 2 de outubro, o Observatório da Mídia pode passar a ter entre seus membros um pesquisador no mais alto nivel da carreira docente. A partir das 15 horas, Victor Gentilli submete o Memorial Descritivo de sua trajetória acadêmica a uma banca de Professor Titular, presidida por Ruth Reis (Ufes) e composta por Cicilia Peruzzo (UERJ), Beatriz Becker (UFRJ) e Josenildo Guerrra (UFS). A banca é pública e poderá ser assistida pelo canal do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (PósCom-Ufes) no YouTube.

A progressão para o último degrau de uma carreira acadêmica é regulamentada pelas leis federais 8.112/1990 e 12.772/2012, e, ao contrário das desinformações publicadas pela Folha de S. Paulo e telejornais da TV Globo no último final de semana, não se trata de nenhuma “brecha na lei” que congelou os salários dos servidores públicos devido à pandemia. A ascensão na carreira docente segue parâmetros rigorosos em cada um de seus 13 níveis, sendo que para se tornar professor titular na Ufes, além de ter galgado os outros 12 degraus – com pelo menos dois anos entre cada um deles – o candidato é avaliado nas seguintes atividades:

I. ensino e orientação nos níveis de graduação e pós-graduação;

II. produção intelectual com publicação de artigos em revistas e livros científicos, participação em congressos e produção técnica;

III. ações de extensão com participação e organização de eventos e cursos, formulação de políticas públicas e iniciativas de inclusão social;

IV. coordenação de projetos de pesquisa, ensino ou extensão e liderança de grupos de pesquisa;

V. coordenação de cursos ou programas de graduação ou pós-graduação;

VI. participação em bancas de concursos e de pós-graduação;

VII. organização ou participação em eventos de pesquisa, ensino ou extensão;

VIII. ser convidado como palestrante em eventos acadêmicos;

IX. recebimento de honrarias e premiações acadêmicas;

X. participação de corpo editorial em publicações científicas;

XI. assessoria, consultoria ou participação em órgãos de fomento à pesquisa, ao ensino ou à extensão;

XII. exercício de cargos na administração central ou de chefias;

XIII. representação ou exercício de cargo em sociedades científicas; e

XIV. outras atividades relevantes quanto à promoção, gestão e produção em ensino, pesquisa ou extensão.

 

Estando apto em todos estes quesitos, o candidato deve ainda se submeter e ser aprovado por uma banca formada somente por professores titulares, apresentando um Memorial Descritivo de sua trajetória ou uma Tese Inédita. Que é o que ocorrerá nesta sexta-feira. Como visto, não se trata, portanto, de nenhuma “promoção seletiva”, como dito pelos dois grandes grupos midiáticos.

Para sua defesa, o professor Victor Gentilli optou por apresentar um Memorial Descritivo. Nele, esta presente toda uma narrativa cronológica de suas atividades como jornalista, em São Paulo, nos anos 1970, desde o dominical Shopping News, passando pelas redações do Diário Popular, das revistas Propaganda, Marketing e Meio & Mensagem e da sucursal de O Globo, e, em Vitória, nos anos 1980, tendo atuado como editor nos jornais A Gazeta e A Tribuna. No entanto, a maior parte das 134 páginas do Memorial é dedicada às atividades do professor Gentilli no Departamento de Comunicação da Ufes, onde iniciou sua atuação em 2 de agosto de 1982, após ter sido aprovado no primeiro concurso público para o curso de Jornalismo, logo que se mudou para Vitória com a família.

Fica então o convite para que todos acompanhem ao vivo a transmissão da banca de professor titular de Victor Gentilli. Uma verdadeira aula aberta, com a participação da primeira titular do Departamento de Comunicação – desde maio último –, a professora Ruth Reis; da ex-professora do Depcom, Cicilia Peruzzo – que atuará como professora visitante no PósCom-Ufes a partir de 2021; do ex-estudante do curso de Jornalismo da Ufes, Josenildo Guerra, atualmente professor titular na Universidade Federal de Sergipe; e da jornalista e professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Beatriz Becker.   

 

Publicado em 1º de outubro de 2020.

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